terça-feira, 27 de março de 2012

Ode


Sim, é verdade que tem alturas em que me tiras a paciência. Tens o dom de em 5 minutos deitar por terra horas de limpezas e arrumações. Raramente fazes o que eu digo, quando te chamo fazes de conta que não ouves, e lembras-te das coisas mais impensáveis para fazer. Desobedeces-me e ainda te ris na minha cara.

Mas há o outro lado da moeda.

És tu quem vê tristeza no meu olhar quando o meu sorriso engana meio mundo. És tu quem me seca as lágrimas. Quem me abraça quando nem preciso pedir. É o teu sorriso que me enche a alma. São as tuas gargalhadas que me enchem a alma. Dormir contigo é o maior dos prazeres, por maiores que sejam as insónias, a tua presença conforta-me. O teu cheirinho delicia-me. A tua existência dá sentido À minha.

Na tua pequenez de idade encerras a grandeza do amor intemporal e incondicional que nos une. Só tu tens e conheces o melhor de mim, só tu o aceitas na totalidade. Só tu és capaz de me fazer erguer a cabeça quando todo o mundo me deita abaixo.

Agradeço-te. Todos os sacrifícios que passei para te trazer ao mundo foram compensados pela primeira vez que te tomei nos braços. Fizeste de mim uma nova mulher. Fizeste de mim a ''coisa'' mais grandiosa, assustadora e plena: fizeste de mim mãe.

E eu amo-te. Com todas as forças, a cada milésimo de segundo mais! És o meu mundo num todo. E por isso mesmo te prometo que contra tudo e todos lutarei sempre por nós, pelo nosso bem estar, pela nossa felicidade. Fazes tanto por mim... é o mínimo que posso fazer para te retribuir.

Amo-te muito, meu filho!!! E nunca deixes que te convençam do contrário!!! Na imensidão dos meus defeitos há amor por ti, um amor que é avassalador, que dói de tão intenso! És-me tudo, meu pequenino....

sexta-feira, 9 de março de 2012

Anger


E depois vêm me dizer ah e tal, é preciso é ter calma, ou então ah e tal é só uma fase, ou ainda ah e tal, tudo passa....
Tretas. TRETAS!!!!
Vale de muito ter calma, não dar importância a certas coisas apesar de nos doer em prol da desculpa das circunstâncias, chorar para dentro... Para quê?? Para passar a vida a sofrer pelo mesmo??? E era...
Sinto que estou a dar tudo de mim e que esse tudo é jogado no lixo, como um trapo sem importância, como um panfleto publicitário de um hipermercado qualquer para o qual nem se olha sequer porque não tem o mínimo interesse.
Sinto que estou a ver a vida passar e que tudo aquilo que eu construí não passa de um castelo de cartas à mercê do vento. Vejo as certezas a escaparem por entre os dedos qual areia fina e a misturarem-se com tantas outras que eu ja tomei por garantidas um dia e que, também essas, fugiram de mim com tal rapidez q nem me apercebi.
N´~ao sei se sei o que sinto, quero, digo ou penso. Estou num transe tão estranho... mas não sei se quero acordar.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cheia de nada


Neste momento acho que não sou capaz de sentir. Acho que ou acredito nas coisas erradas, ou não faço o que devia para elas darem certo. Sou um turbilhão de emoções neste momento, marcado essencialmente pela incerteza.
E assim me arrasto pelas horas e pelos dias, confesso que de momento sem certezas de nada. Olho ao  meu redor e é como se todas elas tivessem fugido. E choro. E não sei o qe pensar, dizer ou sentir. E vagueio pelo tempo presa não sei bem a quê, à procura do que não sei explicar e num vazio indscritivel. Estou apática! Triste de uma forma estranha, com medo do desconhecido, a braços com não sei bem o que!!!
Talvez seja passageiro, talvez não. Não sei. Não sei se escolhi errado e deu certo, ou se escolhi certo e deu errado.
Não sei o que faço aqui, não sei o que esperar, dizer ou sentir. Neste preciso e exacto momento sei que choro sem conseguir definir ao certo o motivo! É caso mesmo para dizer... '' Só sei que nada sei!''

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Diário de bordo XIII


Hoje tive noção que as coisas não vão ser tão fáceis como eu gostaria. Mas surpeendentemente, não fraquejei. Respirei fundo e pensei que quanto mais dura for a caminhada, maior será a satisfação de ter ganho.
Obriguei-me a ser positiva, e no regresso a casa fechei os olhos e imaginei-me a chegar aí, a abraçar-te, a ver a tortura finalmente acabada e a saborear o gosto de te ter de novo ao meu lado e de ter vencido mais uma batalha.
Posso ter quem não queira me ver aí, junto de quem amo e com um futuro promissor pela frente, mas eu prefiro acreditar na boa energia de quem gosta de mim verdadeiramente e deseja que eu consiga, que eu volte para os braços de quem eu amo e me ama e que tenha a oportunidade de lutar por uma vida melhor para mim e para os meninos.
Não ganhei nada ainda, e como já disse, o caminho adivinha-se duro. Mas eu sou persistente. Toda a vida fui. Posso estar em baixo por estarmos longe, posso sofrer com saudade e afins, mas não desisto de ti, de nós, e de um melhor futuro para a família que eu escolhi e que me escolheu a mim.
Sei que não vai ser fácil... mas o fácil é para os fracos. E o mínimo que posso fazer, depois de tudo o que tens feito por nós, é não desistir. Mereces. Devo-te isso. Já para não falar que te amo e que o meu filho te tem como um pai, e o nosso lugar é a teu lado. Porque doa a quem doer, pai não é quem faz, é quem educa, ama e se sacrifica. Na minha vida, esse alguém és tu. Por isso, não desisto! Venham as dificuldades... eu cá estoou para as superar! Por nós...

Diário de bordo XII


Ouço coisas que não gosto, e revolto-me em silêncio. Vejo coisas que não me agradam e sou o cego que não quer ver. Nestas ocasiões, a tua ausência faz-se notar ainda mais...
Ainda hoje encontrei no meu telemóvel o vídeo que fiz no comboio de ti e do Lourenço, quando fomos buscar o teu passaporte. Vi-o vezes sem conta. Sinto demais a tua falta e em momentos como o de agora queria olhar para ti nos olhos e esquecer o mundo!!!
Mas tu não estás aqui.
O bebé chora com dores de garganta, o mundo desaba e eu assisto, impávida e serena!!!
Não tenho forças para reagir neste momento, só queria adormecer e acordar no dia da minha partida, calar tudo e todos e voar com o meu filhão para junto de quem tanto nos faz falta e deixar o mundo e tudo o resto para trás.
Já o fiz uma vez, e mal posso esperar para o fazer novamente. Porque quem realmente se importar conosco sabe que estamos a tomar a decisão certa, por nós e pelos nossos filhos, e quem não gostar... nem quero saber!!!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pequeno à parte


Ok, let's face it: eu sinto as coisas com muita intensidade. Seja bom ou mau,vivo tudo no auge da sua intensidade. Levo o bom e o mau a peito.
Agora, a questão: estará assim tão errado?
Quando amo, é a valer; se odeio, idem aspas. Não sou de meios termos.
Se sinto saudade, ela mata-me por dentro. Se não quero saber, não quero mesmo.
Não tenho o direito de exigir dos outros a mesma intensidade, é certo. Mas não será possível ser, pelo menos, compreendida e aceite?
Não me dirijo a ninguém em particular, falo no geral.
Quem faz parte da minha vida conhece-me, ou deveria conhecer-me. Sou transparente, até demais, admito. Às vezes gostava de criar uma cortina e só a subir para quem eu quisesse, mas não sou capaz. Ninguém lamenta mais isso do que eu, mas já aprendi a aceitar-me.
Só peço... aceitem-me. Não baseio a minha felicidade nos outros, a base da minha felicidade sou eu, mas then again, eu só sinto que a minha vida faz sentido envolvida nas vidas que são importantes para mim. Não sei ser feliz sozinha. Não se trata de me bastar ou não, trata-se de ter um sentido de vida. Só tenho sentido na minha vida envolvida noutras vidas: amigos, noivo, filho, família... Cada um com o seu lugar, cada um com o seu papel, mas num todo, o sentido da minha existência.
Se me dou demais? Talvez! Mas dou na medida em que considero que o alvo tem importância para mim. E não podendo exigir que os outros façam o mesmo, apenas peço... aceitem-me e compreendam-me!!

Diário de bordo X


Hoje não quero ser racional. Preciso de ti.
Preciso do teu abraço que me faz esquecer do mundo.
Preciso do teu beijo que me enche de plenitude.
Preciso do teu toque que me faz estremecer por dentro.
Preciso do teu olhar que arrepia a minha alma.
Preciso do teu peito para dormir sossegada e amparada.
Preciso do teu sexo para levar o meu coração ao auge.
Preciso da tua voz para calar o desassossego.
Preciso da tua presença para me transmitir segurança.
Preciso de ti.
Mas não estás aqui.
Não te sinto, ouço, vejo...
E hoje não quero ser racional.
E hoje choro, grito, revolto-me contra a vida que nos pôs em tão difíceis circunstâncias.
Hoje não quero saber se foi o melhor a fazer, um mal necessário, uma escolha acertada.
Hoje quero chorar com todas as minhas forças, na esperança vaga e estúpida de que as lágrimas lavem este sentimento de perda, esta saudade, este vazio.
Quero praguejar contra o Destino que deu amparo e amor à minha vida pondo-te no meu caminho e que agora me faz sentir tanto a tua falta sabendo que tu não estás.
Não quero pensar com a Razão.
Hoje, quero deixar explodir o coração. Quero que toda a dor que está dentro dele saia, porque já não a aguento mais!
Hoje preciso de ti e não te tenho....